27 de jun. de 2009

SER BONITA OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO.



Afinal o que é ser bonita?
Para nossa cultura pop, bonita é ser magra, malhada, nossos cabelos devem ser lisos, brilhantes e de preferência devemos ser louras.
Ser formos muito inteligentes, somos chatas, não bonitas.
Se usarmos óculos, não pegamos nem a Gripe Suína.
As inteligentes, precisam usar de toda sua capacidade cerebral com homens burros, para não se sobressaírem.
Se cozinhamos bem eles querem que os alimentemos, afinal o peixe morre é pela boca...
Sempre sofri, pois nunca fui bonita. Era taxada de "diferente".
Branquela, magrela, cabelos negros e olhos puxados.
Na adolescência, fui a um cirurgião plástico para operar meus olhos orientais. Minha mãe descobriu e é claro quase me matou. Graças a ela, meus olhos são a minha marca registrada, mas na cor dos cabelos, fiz o que quis. Hoje estou ruiva, de novo.
Aos vinte, tinha um lindo corpo.
Aos trinta, era fabulosa.
Agora, aos quarenta, virei La Maja Desnuda de Goya. Vide foto acima.
Nunca me peso.
Amanhã começo um regime. Nem que faça jejum, mas eu emagreço.
Espero que meus peitos não caiam pois apesar dos 44 anos, ainda posso andar sem soutien.

SEM EIRA, NEM BEIRA



Sem eira, nem beira, ando pela Savassi.
Debaixo do sol.
A lua agora, é para dias especiais.
Pessoas especiais.
Amigos raros.
Entes amados.
Nunca reparo as pessoas à minha volta, andando pela Savassi.
Só ando, flanando, às vezes de chapéu.
Meu coração quebrou e o conteúdo que era amor, vazou.
O amor que eu disse não querer mais sentir, voou.
Voou.

8 de jun. de 2009

La Cucaracha



Sempre que acabo um relacionamento na minha vida, primeiro sinto uma sensação horrível de fracasso, depois aquele luto acompanhado da dor lancinante no coração; aquela nostalgia e tristeza por ter perdido aquilo que poderia "ter sido" e, finalmente a cura acontece e a gente se sente indiferente.
A indiferença vem aos pouquinhos.
Começo a sair à noite evitando lugares que possivelmente, mas não provavelmente possa encontrar o sujeito; daí a pouco percebo que já estou freqüentando qualquer lugar despreocupadamente e... finalmente, arrumo um rabicho. Nada sério, mas um cafuné, um cineminha, sexo com certeza, mas a certeza também de que isso não vai se tornar uma coisa séria.
Não sei se acontece o mesmo com todas as mulheres, mas de alguma maneira todo mundo tem seu método de "desencanto".
Tenho desafetos que viraram grandes amizades e outros, não têm escapatória. Fiquei tão ferida que não consigo ter nenhum tipo de relacionamento social com a figura. Vejam bem, não é raiva. É uma espécie de desprezo por mim e pelo sujeito. Um nojinho.
Mas este preâmbulo todo é para contar que o mais divertido de se curar de um grande amor, no meu caso, é "matar" o cara. Claro, clarísssimo que é uma coisa ficcional. Sou doidinha, não psicopata.
Enumeremos (não todos):
• Ex-marido - acidente automobilístico;
• Engenheiro gostoso - morreu afogado com o Leonardo DiCaprio e a Kate Winslet no Titanic (tava na moda);
• outro Engenheiro (super inseguro) morreu no atentado às Torres Gêmeas. Esse então deu o maior Ibope, pois o cara era muito pop e os especuladores sempre vinham atrás de mim, sabendo muito bem que ele nem estava mais no Brasil: "Cassinha! E o fulano? Vai bem?" A cara-de-pau respondia bem séria: "Sabe não? Morreu na queda do World Trade Center!!!!" Coitado..."
• Depois deste, teve um que morreu no grande Tsunami enquanto eu passava o Ano Novo num sítio, tomando champagne e comendo mariscos;
• O último morreu de forma espetacular. Sofri tanto que primeiro o transformei em uma barata (desculpe-me o plágio, Kafka). Fiquei dias imaginando que o cara era uma barata. Saí para a garagem do prédio e pronto! Tava lá! Uma baratona enorme e cascudona. Pisei com força sem titubeio nem nojo com minhas Havaianas alaranjadas. Certeiro o golpe, só que deixou uma gosminha na sola.
Paciência, nem sempre a gente consegue se livrar de tudo. Às vezes fica uma gosma mesmo.
Essa semana quase matei um amigo no conflito da Somália, mas voltei atrás. Amigo é mais difícil de matar.
Mas nada a comemorar ou lastimar.
Sou como os felinos. Caio do alto, mas aterrisso em pé.

2 de jun. de 2009

O Que os Homens Querem?


Freud fez a famosa pergunta:
- O quê querem as mulheres?

Bom, eu não sei bem o que quero. O querer é escorregadio, fugaz, etéreo. Ele depende de uma série de fatores da nossa necessidade urgente. Preemente.
Mas eu acho que ele não fez essa pergunta assim tão inocentemente. Para mim o subtexto é: o quê querem as mulheres, dos homens?
Se não sei o que quero da vida, tenho certeza das minhas expectativas em relação aos homens, mas não vou falar delas aqui.

Muita intimidade estraga a amizade.

Vou falar o que sei sobre o que os homens NÃO querem:


1. Não gostam de mulheres inteligentes;
2. Não gostam de mulheres totalmente burras (mais ou menos burra, tá valendo);
3. Não gostam de mulheres que gostam de esporte;
4. Não gostam de mulheres que NÃO gostam do esporte DELES;
5. Não gostam de mulheres que fumam quando eles não fumam;
6. Não gostam de mulheres que NÃO bebem;
7. Não gostam de mulheres beberronas;
8. Não gostam de mulheres independentes;
9. Não gostam de mulheres dependentes demais;
10. Não gostam de mulheres que choram à toa;
11. Não gostam de mulheres que nunca choram (são duronas);
12. Não gostam de discutir a relação;
13. Não gostam quando a mulher NÃO quer discutir a relação (se sentem inseguros, desprezados e carentes);
14. Não gostam de terminar a relação. Sentem-se tão poderosos que acham que isso é serviço pra mulher, assim eles sempre se safam como bonzinhos;
15. Existem aqueles que terminam, mas sempre dão um presente (será por quê ???);
16. Não gostam de sinceridade (90% querem que a mulher seja má. Vagabunda mesmo!);
17. Quando a mulher NÃO é vagabunda, eles não a valorizam e se tornam uns galinhas;
18. Quando a mulher é vagabunda, eles morrem de dor-de-cotovelo;
19. Não gostam das feias (se bem que isto pode ser relativo. Feia pra uns, bonita para outros);
20. Alguns se vangloriam, mas não ligam pra sexo. Preferem futebol.
21. Alguns só pensam em sexo, mas o desempenho deixa a desejar;
22. Nenhum deles gosta de camisinha;
23. Todos gostam de sexo oral;
24. Se o cara achar que você é independente demais, ele “racha” a conta, mesmo sem saber que você está super-dura de grana;
25. Não gostam da palavra amor. O amor é comprometedor demais;
26. Têm medo das mulheres que não querem casar;
27. Têm medo das mulheres que são loucas pra casar;
28. Têm medo das mulheres que não querem ter filhos;
29. MORREM de medo de engravidar alguma mulher por acaso.
30. Na próxima encarnação, vou ser loura.


Você não acha difícil?
Dificílimo.